Arrependimento

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A Ana Cláudia Arantes é uma médica especializada em cuidados paliativos. Ela cuida de pacientes terminais que necessitam de cuidados especiais na fase final de sua vida.

Sem dúvida, é uma das palestras mais marcantes que já assisti. Espero que você assista, pois é transformadora.

Dilema ético – Posso, devo e quero?

Ela cita um trecho da palestra do Mário Sérgio Cortella onde ele fala sobre a essência da ética: Posso, devo e quero?

O dilema é quando uma destas perguntas tem um NÃO na frente e tomamos uma decisão.

Julgamento

Um dos maiores problemas que quando fazemos o julgamento de atos que fizemos há 20 anos atrás. Não devemos nos julgar, pois hoje temos uma lucidez que não tínhamos.

Ser ou Ter?

As pessoas buscam TER coisas na vida, mas esquecem de buscar SER a pessoa que viemos para SER na nossa vida.

Rabino Súcia – Você viveu a sua vida?

Ela cita uma história contada na peça teatral “A Alma Imoral” (escrita pelo Rabino Nilton Bonder) sobre o rabino Súcia.

“Por que estás tão irriquieto?”, perguntou o discípulo ao Rabino Súcia, ao vê-lo em seus momentos finais de vida.
“Tenho medo”, respondeu Súcia.
“Medo de quê, rabino?”.
“Medo do Tribunal Celeste”.
“Tu? Um homem tão piedoso, cuja vida foi exemplar? Se tu tens medo, imagine nós, cheios de defeitos e imperfeições.”
Rabino Súcia, então, diz: “Não temo ser inquerido por não ter sido como o profeta Moisés, não deixei um legado de seu porte. Eu posso me defender dizendo que eu não fui como Moisés porque eu não sou Moisés. Nem temo que me cobrem profecias como as de Maimônides, por eu não ter oferecido ao mundo a qualidade de sua obra e seu talento. Eu posso me defender dizendo que eu não fui como Maimônides porque eu não sou Maimônides. O que me apavora neste momento é que me venham indagar: ‘Súcia, por que não foste Súcia’?”.

O que importa no final da vida? (ou NA VIDA?)

Cuidados paliativos dá a oportunidade para que as pessoas possam:

Expressar amor, se sentir amado, agradecer, perdoar, ser perdoado e falar tchau…

5 arrependimentos

Ana Cláudia cita uma enfermeira australiana, chamada Bronnie Ware, que escreveu um livro sobre os 5 arrependimentos que as pessoas tem no seu leito de morte.

1. Queria ter aproveitado a vida do meu jeito e não da forma que os outros queriam

O arrependimento mais comum de todos. Segundo Bronnie, quando as pessoas percebem que sua vida chegou ao fim, fica mais fácil ver quantos sonhos elas deixaram para trás. “A saúde traz uma liberdade que poucos percebem que possuem, até que a perdem”.

2. Queria não ter trabalhado tanto

Bronnie conta que esse desejo era comum a todos os homens que ela atendeu. Eles falam sobre sentir falta de ver as crianças crescendo ou da companhia de sua esposa. Isso não quer dizer que as mulheres não apresentem a mesma queixa – mas como a maior parte das pacientes da enfermeira são de uma geração mais antiga, nem todas precisavam trabalhar para sustentar a família.

3. Queria ter falado mais sobre meus sentimentos

Para viver em paz com outras pessoas, muita gente acaba suprimindo seus próprios sentimentos. De acordo com a enfermeira, alguns de seus pacientes até desenvolveram doenças por carregar esse rancor e esse ressentimento e nunca falar sobre o assunto.

4. Não queria ter perdido contato com meus amigos

“Todos sentem falta dos amigos quando estão morrendo”, afirma Bronnie. Segundo ela, muitas pessoas não percebem que sentem saudades dos amigos até as semanas que precedem sua morte.

5. Queria ter me permitido ser feliz

De acordo com Bronnie, muitas pessoas só percebem no fim que a felicidade é, na verdade, uma questão de escolha. “O medo de mudar fez com que eles fingissem para os outros e para eles mesmos que eles estavam satisfeitos quando, no fundo, tudo o que eles queriam era rir e ter mais momentos alegres”, conclui.

Os 4 acordos

os-quatro-compromissosEla cita o livro 4 Compromissos.

  • Seja Impecável com Sua Palavra
  • Não leve nada para o lado pessoal
  • Não Faça Pressuposições
  • Sempre faça o seu melhor

Ela termina contando a história de um dos seus pacientes que estava muito tranquilo nos momentos finais de sua vida. Ele conta:

“Tem uma coisa que sei desde que era muito jovem. Tudo vai passar. Os dias bons passam e os dias ruins também. Nenhum dia é tão ruim que dure mais do que 24 horas. O pior dia da sua vida vai virar ontem e o melhor passa. Então aproveite bastante os dias bons e permita-se ser cuidado nos dias ruins…”

Desejos para 2017

Quero desejar que em 2017, você tenha menos arrependimentos na vida. Que possa olhar para trás a qualquer momento e ser grato por tudo que conquistou e ser FELIZ com tudo que FEZ.

E que tenha CORAGEM para assumir suas emoções e sentimentos com as pessoas que AMA.

Referências:

Este post tem 2 comentários

  1. fabiola

    Onde encontro essa história do Rabino Sússia

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