Hoje coloquei a mão sobre o peito do meu filho mais novo de 13 anos e senti seu coração bater. Notei que bate menos acelerado do que quando ele era um bebê e quando colocava a mão sobre o coração podia sentir bater acelerado. Me dei conta que já se passam 19 anos desde que fiz a mesma coisa com meu filho mais velho.
Coloquei a mão sobre meu peito e descobri uma coisa: Não é tão fácil sentir o nosso coração!
Decidi escrever para refletir, pois eu penso melhor quando faço coisas. A vida é cheia de metáforas e confesso que nunca havia notado que não é tão fácil sentir nosso próprio coração.
A palavra coragem vem do latim coraticum, que significa a bravura que vem de um coração forte.
Uma bela analogia com a vida, pois as crianças são transparentes e é fácil saber como elas se sentem. Assim como elas expressam alegria, elas também expressam raiva, tristeza e outras emoções. Elas não mais criativas e corajosas, pois não tem medo de errar. Aliás, elas se divertem com os erros.
Ao crescerem e se tornarem jovens e adolescentes, o coração não bate tão rápido e não é tão fácil de sentir como quando eram bebês. O mesmo acontece no relacionamento com as pessoas, pois eles começam a desenvolver sua individualidade e suas emoções tornam-se menos transparentes.
E nós adultos? Somos cobrados para sermos criativos, mas quando fazemos algo DIVERTIDO muitas vezes ouvimos a famosa frase:
Pare de brincar e vai fazer algo sério!
Quem sabe a sabedoria não seja parar de brincar, mas sim BRINCAR DE VERDADE como dizia Mário Quintana.
As crianças não brincam de brincar. Brincam de verdade.
Mario Quintana
Referências:
Origem da palavra coragem
A palavra coragem vem do latim coraticum, que significa a bravura que vem de um coração forte.
Em latim, coraticum tinha o mesmo significado que coragem. A pessoa com coragem não se esconde, mas enfrenta os desafios e os medos com a ajuda de sua força interior.
A palavra coraticum vem da raiz cor, que significa coração. Cor, ou cordis, também tinha o sentido metafórico de “coração”, a sede das emoções, dos pensamentos, da vontade e da inteligência. O coração representava a mente e a alma da pessoa. De acordo com o pensamento romano, e de outros povos antigos, a alma estava ligada ao coração. Assim como o coração dá vida a todo o corpo, a mente dá vida à nossa existência.
No pensamento romano, a coragem estava relacionada com o coração porque exige um “coração forte” – ânimo e força de vontade para superar o medo e enfrentar os problemas. A pessoa com coragem é vivaz, é como se o coração batesse mais forte, tornando a pessoa mentalmente mais forte.
Fonte: https://www.dicionarioetimologico.com.br/coragem/