Uma das melhores novidades de 2017 é a inauguração da Japan House que será um centro de cultura, gastronomia, artes e tecnologia da cultura japonesa em plena Av. Paulista. Será a PRIMEIRA JAPAN HOUSE entregue no MUNDO.
Vejam uma matéria em vídeo e o texto oficial sobre a Japan House.
São Paulo é escolhida para sediar a Japan House, espaço que mostrará o Japão contemporâneo
A capital paulista é uma das três cidades do mundo, junto com Londres e Los Angeles, a receber novo espaço de cultura, tecnologia e negócios, a ser inaugurado em 2017 na Avenida Paulista.
O projeto Japan House, iniciativa global do governo japonês, trará a São Paulo um novo olhar sobre o Japão contemporâneo.Com inauguração prevista para março de 2017, a Japan House terá como objetivo combinar arte, tecnologia e negócios para oferecer aos visitantes, por meio de experiências imersivas, uma perfeita tradução do Japão do século 21 — sem esquecer das raízes e das tradições.
Japan House em São Paulo
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As obras de reconversão do prédio que abrigará a Japan House começarão em abril próximo. O projeto, do consagrado arquiteto japonês KENGO KUMA, trará a São Paulo os traços que identificam seu trabalho, reconhecidos no mundo todo: o uso inovador de materiais naturais, como a madeira e o papel, para criar espaços de leveza e luminosidade.
As cidades globais escolhidas
São Paulo, Londres e Los Angeles são as três metrópoles selecionadas pelo governo japonês para receber as primeiras Japan Houses no mundo.
Por que São Paulo? Algumas razões se destacam: é no Brasil — e majoritariamente em São Paulo — que vive a maior população de origem japonesa fora do Japão; as ligações econômicas, sociais e humanas entre os dois países são fortes e a imagem do Japão no Brasil é positiva. São Paulo é também o principal centro econômico da América Latina e um polo importante de produção artística e cultural.
As atividades da futura casa
Para cumprir sua missão, a Japan House terá um portfólio variado de atividades. Promoverá em seus espaços exposições, palestras, seminários, eventos culturais e performances artísticas, com atenção especial às histórias e aos contatos entre pessoas. A casa vai trazer ao Brasil personalidades japonesas de perfis variados — de artistas a cientistas, de esportistas a homens de negócios, de chefs de cozinha a líderes da sociedade civil —, para encontros, workshops e masterclasses.
O espaço abrigará ainda um restaurante/cafeteria de gastronomia nipônica, biblioteca, ponto de informações turísticas e uma loja de artesanato e manufaturas japonesas. Estará disponível, igualmente, para o lançamento de produtos, encontros de negócios, seminários executivos e outros eventos empresariais.
O designer japonês e produtor executivo KENYA HARA dará as diretrizes gerais para as Japan House de todo o mundo, as quais serão desenvolvidas pelas equipes locais de cada casa. No Brasil, o responsável por esse trabalho é o curador Marcello Dantas, que tem em seu portfólio, entre outros projetos, o Museu da Língua Portuguesa, em São Paulo.
A atração da Paulista
A Japan House será instalada na Avenida Paulista, 52, vizinha à Praça Oswaldo Cruz, no cruzamento com a Rua 13 de Maio. O local foi escolhido por ter intenso trânsito de pessoas e ser de fácil acesso. A presença da nova casa irá adensar um polo informal de eventos públicos e equipamentos culturais já ativo na região, uma vocação reforçada pela recente conversão da avenida, aos domingos, em área pública reservada a pedestres e ciclistas.
O edifício que abrigará a Japan House, convertido a partir da construção já existente no endereço, vai combinar traços nipônicos e brasileiros. A fachada terá uma cortina de finas varas da madeira hinoki, trabalhadas por artesãos japoneses — o hinoki lembra o cipreste e é muito apreciado na arquitetura tradicional do Japão —, em diálogo com uma parede de cobogós, os pequenos blocos vazados de concreto que são elemento comum na arquitetura modernista brasileira.
O aroma da madeira e o jogo cambiante da luz do dia sobre os elementos da fachada vão se somar para fazer um contraponto de serenidade à agitação urbana. Jardins de bambus, uma planta ao mesmo tempo
japonesa e brasileira, circundarão o prédio. A Japan House pretende ser não apenas um novo ponto de exclamação arquitetônico na Paulista, mas também um espaço de encontro e convivência capaz de atrair tanto o passante casual quanto o visitante assíduo, interessado em acompanhar sua programação de mostras e atividades.
Quem está à frente da Japan House de São Paulo
ANGELA TAMIKO HIRATA, diretora executiva. É fundadora da Suriana, uma consultoria de desenvolvimento de negócios internacionais. Foi uma das responsáveis pela estratégia de internacionalização da marca Havaianas.
MARCELLO DANTAS, diretor de planejamento. Curador e designer multidisciplinar, foi diretor artístico de museus como o Ethnologisches Museum, em Berlim, e o Museu do Homem Americano, na Serra da Capivara, no Piauí.
NELY CAIXETA, diretora de mídia e comunicação, é jornalista de economia e negócios com passagens pelos principais veículos do país. Fundou e dirige a revista PIB – Presença Internacional do Brasil.
As atividades da casa serão guiadas por um conselho diretivo (steering committee) formado por personalidades brasileiras com vínculos com o Japão e presidido pelo Cônsul-Geral do país em São Paulo, TAKAHIRO NAKAMAE.
O projeto Japan House é uma iniciativa do Ministério dos Negócios Estrangeiros do Governo do Japão, em cooperação com empresas privadas e grupos que buscam o fortalecimento do intercâmbio Brasil-Japão. A Dentsu Inc. — empresa japonesa especializada em comunicação e publicidade — obteve, em processo licitatório, a concessão para administrar o empreendimento no Brasil. Uma de suas atribuições foi selecionar as equipes locais de planejamento e gestão, que serão compostas por uma combinação de profissionais da sucursal brasileira da Dentsu Inc. –a Dentsu Brasil – e da Suriana, consultoria especializada em marketing e desenvolvimento de negócios internacionais.
Os investimentos na iniciativa alcançarão cerca de 30 milhões de dólares até março de 2019. As atividades recorrentes da instituição serão financiadas por verbas específicas do governo japonês, enquanto certos eventos e programas poderão contar com o apoio de empresas privadas. Adicionalmente, a instituição também gerará receitas por meio da venda de serviços e produtos em seus espaços.