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Nos últimos anos tenho visto a exaltação de temas como empreendedorismo, sartups, geração Y, cloud computing, investimento anjo e muitos outros que há muitos anos nem existiam. Sou um empreendedor, mas confesso que fico incomodado com o excesso de valorização do tema. Um dos motivos é que me lembra os anos de 1998/1999 quando fundei uma produtora de sites e achei que ficaria rico, depois veio a crise conhecida como “estouro da bolha da internet” e descobrimos que grande parte do que imaginávamos ser um futuro promissor era ilusão.

Conheci recentemente o Café Filosófico promovido pela CPFL Cultura e estou fascinado com a qualidade dos palestrantes. Nesta palestra de Leandro Karnal ele mostra como o empreendedorismo se tornou uma nova teologia que criou um imenso mercado em torno deste tema.

O atual pecado é o fracasso financeiro. Na palestra acima, Leandro Karnal mostra que toda teologia necessita de rituais e a adoração de “santos”. Faz uma excelente conexão com a atual literatura de empreendedorismo e a adoração de grandes empreendedores como “Steve Jobs”.

Achei uma excelente perspectiva para diminuir a sobre-valorização nos temas startups, geração Y e busca de investidores anjo. Veja a palestra completa que é mais ampla e fala dos dilemas dos “Velhos e Novos Pecados”.

Os velhos e os novos pecados | Leandro Karnal from instituto cpfl | cultura on Vimeo.

Gostaria de propor uma reflexão para meus amigos empreendedores.

“O seu empreendimento ajuda a aumentar a felicidade dos outros?”

O motivo da minha pergunta é refletirmos se estamos criando empresas para ganhar dinheiro ou para agregar valor ao mundo. Pode parecer utópico, porém acredito que o mundo está caminhando na direção de valorizar mais o ser humano e a sustentabilidade do planeta. Por isso, achei fantástico este conceito da “teologia do empreendedorismo”, pois somente tomando a consciência da “Matrix” que estamos teremos condições de sair dela.

Permacultura – O contraponto da “Teologia do Empreendedorismo”?

Reencontrei um velho amigo – Anderson Ferreira – que me apresentou um conceito novo “Permacultura”. Confesso que no primeiro momento achei estranho ele afirmar que estava focando toda sua atenção a este novo tema que é o oposto do capitalismo tradicional.

“Criada na Austrália no final da década de 70, a Permacultura foi elaborada pelo cientista Bill Mollison em parceria com David Holgrencomo resultado da criação e desenvolvimento de pequenos sistemas produtivos organicamente integrados. A Permacultura associa práticas ancestrais às descobertas da ciência moderna a partir da elaboração, implantação e manutenção de ecossistemas produtivos que mantenham a diversidade e a estabilidade dos ecossistemas naturais.

O projeto permacultural resulta na integração harmoniosa entre as pessoas e a paisagem, provendo alimentação, energia e habitação, entre outras necessidades, de forma sustentável. A palavra Permacultura ainda não existe nos dicionários brasileiros. Como campo de trabalho, a Permacultura é uma carreira transdiciplinar reconhecida internacionalmente em várias instituições de ensino superior, embora não seja reconhecida como profissão no Brasil.” Fonte: Pindorama.org.br

O caminho do meio

Adorei escrever este post, pois uma das razões de ser blogueiro é que ao escrever consigo conectar pensamentos e ter insights que me ajudam a me compreender melhor. A melhor mensagem que gostaria de deixar aos amigos empreendedores, conectados e que vivem no mundo de startups é uma das mais antigas de todas que é a do Buda de seguirmos o caminho do meio.

O Eu é o mestre do eu .
Que outro mestre poderia existir ?
Tudo existe , é um dos extremos.
Nada existe é o outro extremo.
Devemos sempre nos manter afastados desses dois extremos, e seguir o Caminho do Meio.
Buda

Leitura complementar:

• Onde está o erro da Teoria da Prosperidade
• Três teologias contemporâneas – Autoajuda, Prosperidade e Empreendedorismo
• Teologia do Empreendedorismo
• A Matrix Existe?
• Caminho do Meio – Somos Todos Um