Em tempos de “crise”, a maioria das pessoas se retrai e ficam esperando a crise passar. Porém, é na crise que precisamos ser CRIATIVOS.
Uma história que corre na internet é que CRISE significa PERIGO e OPORTUNIDADE. Pena que descobri que parece ser falso, mas vale a lição.
A crise que vivemos é, na realidade, um período de transição para um novo modelo de mundo. Talvez você não acredite, mas quando chegou a revolução industrial muitos também não acreditaram que as máquinas chegaram para ficar.
O que está acontecendo agora é que os velhos modelos do capitalismo selvagem – competição, escassez, sucesso = dinheiro, etc. – estão sendo colocados em xeque.
Estamos caminhando a passos largos para a economia de REPUTAÇÃO E CONFIANÇA, onde a colaboração é um dos pilares fundamentais.
O capitalismo que vivemos até hoje tem foco no TER COISAS e isso exige $$$, portanto gastamos a maior parte do nosso TEMPO trabalhando para economizar para poder COMPRAR.
Com a facilidade de comunicação, ficou fácil CONECTAR quem TEM com quem PRECISA, com isso a ECONOMIA COMPARTILHADA logo se tornará uma das principais forças da economia. Basta ver exemplos como:
- Airbnb que é o maior hotel do mundo sem um tijolo
- O Uber é a maior frota de carros do mundo sem nenhum carro
- Timerepublik e Bliive onde as pessoas compartilham TEMPO
- Tem Açucar onde vizinhos emprestam coisas
Neste vídeo, conto uma história sobre uma cidade onde vários moradores devem R$ 100 um para o outro e com apenas uma nota de R$ 100 a dívida de todos será paga.
Este vídeo foi inspirado em uma aula do curso de Fluxonomia 4D da Lala Deheinzelin que ensina como criar projetos sustentáveis com base nas novas economias de futuro – criativa, compartilhada, colaborativa e multimoedas.
Se quiser conhecer mais sobre a Fluxonomia 4D, entre em contato comigo no meu blog www.MarcioOkabe.com.br/contato.
História:
“Maio de 2009, numa cidade litorânea do RS, muito frio e mar agitado, a cidade parece deserta…Os habitantes estão endividados e vivendo as custas de crédito. Por sorte chega um viajante rico e entra num pequeno hotel. Ele saca uma nota de R$ 100,00, põe no balcão e pede para ver um quarto.
Enquanto o viajante vê o quarto, o gerente do hotel sai correndo com a nota de R$ 100,00, e vai até o açougue pagar suas dívidas com o açougueiro. Este pega a nota e vai até um criador de suínos a quem deve e paga tudo. O criador, por sua vez, pega também a nota e corre ao veterinário para liquidar sua dívida. O veterinário, com a nota em mãos, vai até a zona pagar o que devia a uma prostituta (em tempos de crise, essa classe também trabalha a crédito). A prostituta sai com o dinheiro em direção ao hotel, ao qual às vezes levava seus clientes. Como ultimamente não havia pago pelas acomodações, acerta a conta.
Nesse momento, o gringo chega novamente ao balcão, pede a nota de volta, agradece, mas diz não ser o que esperava. Ele sai do hotel e da cidade.
Ninguém ganhou nenhum vintém. Porém, agora toda a cidade vive em paz!
Moral da história: quando o dinheiro circula, não há crise!”
Referências:
https://www.fluxonomia4d.com.br/
http://veja.abril.com.br/blog/sobre-palavras/crise-perigo-oportunidade-so-que-nao/
http://www.institutomillenium.org.br/artigos/quando-a-moeda-circula-a-economia-prospera-a-versao-errada-e-a-correta/