Assisti pela SEGUNDA VEZ o filme “O Menino que Descobriu o Vento” que é a história real de um menino de 14 anos – William Kamkwamba – que mora em Malauí, um dos países mais pobres da África.
Conhecer um cenário de pobreza em pleno século XXI e ver a CORAGEM de um menino de 14 anos que foi EXPULSO da escola porque o pai não teve condições de pagar a mensalidade, mas que conseguiu achar uma SOLUÇÃO para o PROBLEMA da seca da sua comunidade, é INSPIRADOR e EMOCIONANTE.
O William conseguiu, em meio a uma seca devastadora, ACREDITAR EM SI MESMO e ir buscar o CONHECIMENTO na biblioteca da escola que o havia expulsado.
Vivemos uma CRISE MUNDIAL sem precendentes. Assim como a lagarta vira casulo para se transformar na borboleta, o mundo anterior (lagarta) morreu e estamos no CASULO. O mundo que surgirá pós-coronavírus será construído por NÓS, AQUI E AGORA!
Vejam meus comentários sobre o filme.
O que gostaria de destacar é que esta é uma das histórias de um MAKER mais inspiradoras que já assisti.
Ele construiu um moinho para gerar eletricidade para ligar uma bomba d’água que permitiu irrigar a plantação da pequena aldeia que estava passando fome com a seca de 2002.
Destaco o trecho da entrevista da Revista Galileu.
O gerador do moinho era um dínamo de bicicleta, produzia 12 volts. Era suficiente para acender uma lâmpada. Mais tarde, meu primo achou uma bateria de carro na estrada. Demos uma carga nela, e conseguimos energia para manter quatro lâmpadas e dois rádios. As pessoas faziam fila para carregar seus celulares. Os celulares estão em todo o lugar na África porque são baratos. Há poucos lugares onde a eletricidade chega – geralmente nos arredores das empresas estatais de tabaco – e algumas lojas cobram para as pessoas carregarem os celulares. Comigo era grátis.
Vejam o filme na Netflix.
Nascido no Malauí, um dos países mais pobres da África, William Kamkwamba sempre acreditou num futuro diferente ao de seus familiares. Em 2001, quando tinha 13 anos, a região onde morava foi assolada por uma seca e a plantação de sua família acabou devastada. Sem poder pagar os oitenta dólares anuais por sua educação, William foi forçado a deixar a escola e a ajudar a família num momento em que milhares de pessoas pelo país morriam de fome. Apesar de todos os obstáculos, o adolescente encontrou numa pequena biblioteca próxima a sua casa o caminho para persistir em seus sonhos. O testemunho do jovem autodidata que, com muita curiosidade e imaginação, conseguiu vencer as adversidades para melhorar a vida de todos a sua volta é o mote do livro O Menino que Descobriu o Vento. Nele, William conta como descobriu pela leitura dos livros o funcionamento dos moinhos de vento. O menino decidiu apostar num projeto audacioso: construir um aparato para oferecer à família eletricidade e água encanada, luxos aos quais apenas 2% da população do Malauí têm acesso. Ao utilizar materiais improvisados, recolhidos em ferros-velhos, William conseguiu construir dois moinhos que mudariam sua vida por completo. “Não podia aceitar aquele destino como futuro”, aponta o autor sobre o que o motivou a persistir na ideia por quatro anos. Logo, a notícia do magetsi a mphepo – seu “vento elétrico” – espalhou-se para além dos limites de sua casa, e o garoto, uma vez chamado de louco, tornou-se uma inspiração para o mundo. A partir daí, o feito de William ganhou o boca a boca e o jovem foi convidado para falar sobre sua experiência no TED Global (instituição não governamental especializada em dar espaço para divulgação de novas ideias). “Mesmo sem poder frequentar a escola, ia com regularidade a uma biblioteca e, ainda que tivesse dificuldade para ler em inglês, conseguia compreender os livros por meio de imagens e diagramas. Dessa maneira, pude construir um circuito elétrico que seria o primeiro passo para o moinho”, explica William, que foi taxado de louco por amigos e parentes. “Respondia às pessoas dizendo que o moinho existia nos livros e que, portanto, era um sonho possível”, sentencia.
Fonte: Saraiva