Origami em Hospitais

Estou em Belo Horizonte e vim participar do evento Open Innovation Week. Ontem a noite, um colega passou mal e tivemos que levá-lo ao hospital em BH. Fomos a um hospital público e escrevo este post para compartilhar um momento bem marcante da viagem. Você deve estar imaginando:

O que faz uma foto de origami em um hospital?

Leia o post e irá compreender como certas SINCRONICIDADES funcionam…

origamis-hospital-bh

Após a triagem, fomos encaminhados para a área de espera. A médica chamou e pude ver a realidade que nosso povo sofre nos hospitais, foi bem triste ver a realidade do atendimento em um hospital público. Pelo que vemos na TV, até que não estava tão mal, mas era muito claro a tristeza das pessoas. Meu amigo foi medicado e tivemos que esperar para a médica dar alta. Ele já estava bem melhor, mas era necessário ficar no mínimo mais 30 minutos.

Estou com problemas com a Claro, pois devido a problemas de fluxo de caixa como milhões de brasileiros estou com algumas contas da Claro atrasadas. Fiz uma renegociação antes de viajar e paguei a primeira parcela, mas por falha no sistema não reativaram o plano. Lógico que viajei bem chateado, afinal sem celular o que se faz atualmente?

Voltando ao hospital… Lembrei de uma redação que estou fazendo para participar de um projeto do governo japonês para enviar 10 descencentes de japoneses da América Latina e Central para conhecer o Japão (veja o trecho do convite).


O governo japonês oferece, por meio deste Consulado Geral, o programa de visita ao Japão para descendentes de japoneses com o objetivo de aumentar a compreensão sobre a atualidade do Japão e as políticas do país. Os participantes do programa deverão se comprometer em divulgar eficazmente os aspectos da atualidade, assim como a política do país em suas respectivas comunidades após o retorno.

(1) Ser descendente de japoneses;
(2) Ter experiência profissional ou voluntária em áreas relacionadas à Mídia ou Comunicação e que tenham disposição e vontade de divulgar ativamente o Japão após o retorno por meio de blogs ou redes sociais;
(3) Ter nível de conhecimento de língua inglesa suficiente para discussões e trocas de ideias (todas as atividades oficiais relacionadas ao programa no Japão serão realizadas em inglês);
(4) Comprometer-se em organizar e realizar divulgações sobre o programa dentro de um prazo de 3 meses após o retorno ao Brasil de forma independente.


Estou bem animado com este projeto, pois é – literalmente – “a minha cara”. Um dos pré-requisitos é escrever uma redação com o tema.

“O papel que o Japão (os japoneses) atual precisa exercer em prol da comunidade internacional”

Já comecei a escrever a redação como poderão ver no final do post. Como estava sem 3G, ao invés de ficar distraído navegando na internet, fui “obrigado” a perceber o ambiente. Fiquei observando as pessoas ao redor e notei que apenas DUAS PESSOAS estavam sorrindo e tranquilas. Uma garota que tinha o namorado como acompanhante e uma senhora que estava com amigos. A maioria estava triste, mesmo acompanhadas, pois podia notar que as pessoas não conversavam.

Fiquei pensando, o que poderia fazer para ajudar a mellhorar o ânimo das pessoas. Lembrei da redação e fiquei imaginando como seria um hospital público no Japão e, com certeza, seria muito melhor. Também lembrei de uma história que minha esposa ouviu de uma senhora que morou no Japão e disse que estava tendo dificuldades para se adaptar no Brasil porque sentia falta da SOLIDARIEDADE do povo japonês. Esta senhora contou que após o tsunami, como faltava tudo, principalmente ÁGUA, era necessário racionar. As pessoas iam aos supermercados e cada pessoa pegava apenas UMA GARRAFA de água, respeitando a necessidade do COLETIVO e não pensar apenas em si e na sua família.

Decidi fazer ORIGAMI e presentear as enfermeiras e médicas, bem como as mulheres que estavam sendo atendidas. Como eram MUITAS pessoas, não teria tempo de fazer tantos origamis.

O resultado foi incrível, pois ao receberem o pavão de origami, as pessoas davam um sorriso e algumas ficavam até encantadas.

O tempo passou rápido e confesso que foi o momento mais importante da viagem. Muito melhor do que o networking com dezenas de startups, grandes empresas e investidores no evento, sem dúvida este foi um momento onde percebi como é importante estarmos no MOMENTO PRESENTE e VIVENCIAR as pessoas que estão conosco.

Qual é o NOSSO PAPEL para melhorarmos o Brasil?

Atualização – Março/2019

Este ano, tive o prazer de conhecer o Wellington Nogueira – fundador do Doutores da Alegria. Vejam ideia dele de criar a OrigamiTerapia. Leiam o post – http://origami.club/oficinas/origamiterapia/

 

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