O Clubhouse tem sido uma grata surpresa para mim, pois é uma rede social de voz que conseguiu reunir condições perfeitas para um networking de qualidade.
Inicialmente lançado para plataforma iOS da Apple, início de 2021 foi liberado para plataforma Android e para ingressar no Clubhouse era necessário receber convites de amigos. Recentemente, foi liberado a entrada sem a necessidade de convites.
Qual DOR o Clubhouse resolve?
As outras redes sociais – YouTube, Facebook, Instagram, Linkedin, TikTok, Twitter, Whatsapp e outras – são assíncronas, ou seja, as postagens de textos, voz ou vídeos não são feitas com as pessoas necessariamente interagindo tem tempo real. Além disso, as LIVEs que são momentos de interação síncronas (ao vivo) acabam tendo poucas pessoas em evidência e a maioria apenas assistindo e interagindo por chat.
A maioria das pessoas não gosta de aparecer em VÍDEOS, e mesmo quem tem facilidade com vídeos, nem sempre está em condições de abrir a cãmera (pode estar no banheiro, cozinhando, lavando pratos e outras tarefas).
Havia uma LACUNA para resolver dores como:
- Participar de grupos sem precisar aparecer em vídeo
- Explorar a DIVERSIDADE das pessoas, independente de classe social, idade, sexo, origem, etc.
- Ter espaços de CONFIANÇA para as pessoas SEREM ELAS MESMAS
Como o Clubhouse SOLUCIONA estas dores?
A essência do Clubhouse são SALAS onde as pessoas conversam mediadas por moderadores que conduzem a interação para que os SPEAKERS possam ter oportunidades de falar.
Caso você queira apenas ouvir, basta não pedir ou aceitar ser SPEAKER.
Aprendi a não tirar conclusões precipitadas e, quando entrei no Clubhouse, comecei a explorar as salas procurando temas de interesse – Networking, negócios, propósito, ikigai, marketing digital, etc. – e entrei como ouvinte enquanto trabalhava para pegar o “espirito da coisa”.
Cheguei a conclusão que no Clubhouse temos ambientes de CONFIANÇA que funcionam como Zonas Autônomas Temporárias nos quais as pessoas – na maioria das vezes – podem ser ELAS MESMAS.
Cunhado em 1990 pelo poeta, anarcoimediatista e estudioso do Sufismo Hakim Bey, o termo Zona Autônoma Temporária (ZAT) busca preservar a criatividade, energia e entusiasmo de levantes autônomos sem replicar a traição e violência inevitáveis que têm sido a reação à maioria das revoluções ao longo da História.
Fonte: https://medium.com/@EAtivismo/teoria-zonas-aut%C3%B4nomas-tempor%C3%A1rias-zat-dcc9dd8ab73c
Com isso, o Clubhouse proporciona oportunidade para as pessoas praticarem:
- Vulnerabilidade – Demonstrar suas fraquezas e desafios para conseguir suporte a apoio da rede.
- Transparência – Falar de forma aberta e honesta sobre suas opiniões
- Generosidade e Gentileza – Moderadores e Speakers ajudam a criar um ambiente descontraído e colaborativo para todos se sentirem bem para participar.
Dicas de Clubes
Tenho participado ativamente dos grupos Vivendo do Digital, Conexões de Negócio, Neurociência e Ethos Mindset. Uma dica é participar de grupos para praticar inglês.
Clubhouse para praticar inglês
Além de salas para prática de inglês, uma dica é participar de salas temáticas com temas do seu interesse. Participo das salas de empreendedorismo internacionais e são incríveis para conhecer pessoas de todo mundo e, principalmente, conectar com empreendedores e investidores.
Storytelling e Clubhouse
No Clubhouse temos pouco espaço para estrelas e pessoas que querem os holofotes para si mesmas. O que é mais legal é conhecer as histórias de pessoas comuns, além disso é uma forma incrível de conhecer o mercado e compreender as tendências de comportamento.
Como funciona o Clubhouse?
O Clubhouse tem a seguinte estrutura:
- Clubes – São os espaços onde podem ser criadas as salas. Os clubes podem ter membros e seguidores. Apenas membros podem criar salas.
- Salas – São a essência do Clubhouse e é o espaço onde as pessoas interagem. Podem ter uma duração curta ou podem ter horas de duração. Uma sala pode ter 4 perfis de participantes:
- Moderadores – São as pessoas que podem autorizar ou convidar pessoas para “subirem” para o palco que é onde podem falar.
- Speakers – Participantes que podem abrir o microfone e colaborar com a sala.
- Followed by the speakers (Seguidos pelos Speakers) – Uma forma interessante de mostrar que são pessoas com um grau de importância maior. São OUVINTES e não podem falar.
- Others in the room (outros na sala) – São ouvintes e não são seguidos pelos SPEAKERS.
“A simplicidade é o último grau de sofisticação.”
Leonardo Da Vinci
Networking e Parcerias
O networking no Clubhouse – se escolher bem as salas e clubes – é de alta qualidade. A Michelle e o Rod são brasileiros que moram respectivamente em Portugal e na Inglaterra. Eles fundaram o clube Vivendo do Digital e tivemos uma excelente reunião com o Gabler e o Johnny da Elementa. Vamos ampliar a conexão do Clubhouse para projetos digitais.
Accountability Partner foi a melhor sala que participei. Entrei na sala antes de sair de casa no Butantã em São Paulo, foi para casa da sogra na Mooca e a minha vez de falar foi somente 3h depois quando voltamos para casa.
Conheci a Nina na sala da Mentalidade Criativa e ele é designer gráfico especializada em papelaria criativa. Fiz uma conexão com ela para pensarmos juntos ideias para cartões de visita criativos com origami.
Clubhouse é moda? Vai passar?
Quando Facebook, Twitter, Instagram, WhatsApp e TikTok chegaram, também achamos que eram “coisas de adolescentes” e que eram moda. Aprendi que é melhor aprender a SURFAR NAS ONDAS DA MUDANÇA e descobrir o que MOTIVA AS PESSOAS.
Tenho convidado amigos que nem conhecem o Clubhouse e outros que usaram e afirmam que o Clubhouse é modinha. Vejam alguns argumentos para refletirem.
“Apenas um ano após o seu lançamento, a rede social de áudio Clubhouse está em seu melhor momento. A empresa estuda uma rodada de investimentos que pode resultar em uma avaliação de mercado em US$ 4 bilhões, segundo relata a Bloomberg, citando fontes anônimas.
Lembrando que, em maio de 2020, um mês depois do lançamento, o aplicativo já havia recebido o primeiro investimento de US$ 12 milhões da empresa de capital de risco Andreessen Horowitz.”
Cloubhouse no Google Trends
Uma análise rápida nas buscas do Google Trends podem nos dar a impressão que o Clubhouse é uma moda e que vai morrer.
Porém, uma análise com visão TODO MUNDO mostra um PICO, mas que depois mantém um patamar de buscas e podemos ver os países que usam o Clubhouse. Logicamente, o INGLÊS é o idioma universal.
Comparando com a palavra ORIGAMI podemos notar que é da mesma ordem de grandeza. Ou seja, há uma BUSCA ALTA do Clubhouse no mundo.
Clubhouse e curva de adoção de tecnologia
Gostei muito deste post da Agência Webpan sobre o Clubhouse.
Eles criaram este excelente infográfico trazendo o conceito da Lei da Difusão da Inovação. A lógica de novas tecnologias é que primeiro elas conquistiam os inovadores e early-adopters (primeiros adeptos), mas para conseguirem se sustentar é preciso conquistar as pessoas com perfil pragmático e conservadores.
Ver mais sobre curva de adoção de tecnologia.
E você? Ainda não participa do Clubhouse?
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