Quando era criança morei no Iraque 2 anos porque meu pai trabalhava na Petrobrás e eu escrevia carta para amigos no Brasil.
Quando mudei para Campinas em 1988 para fazer engenharia elétrica na Unicamp, eu também escrevia cartas para amigos porque fazer ligações DDD era muito caro.
Por que escrevemos cartas? Porque sentimos saudades… e por que sentimos saudades?
Porque nos sentimos conectados… e por que nos sentimos conectados?
Porque compartilhamos histórias e experiências… mas por que nos sentimos conectados a pessoas que acabamos de conhecer?
Por duas razões:
Primeira: Porque nossas almas vibram na mesma frequência e compartilhamos os mesmos valores.
Segunda: Porque não é um encontro, mas sim um REENCONTRO.
“Entre milhões de pequenos grãos de poeira estelar,
Ousamos nos encontrar…”
Ego vs Alma nos Relaciomentos
A imagem deste post representa a forma como as pessoas se relacionam.

A imagem representa as diferentes formas de nos relacionarmos e foi inspirada nas minhas notas do Retiro “HARMONIZAÇÃO INTERIOR E SUCESSO NA DANÇA DA VIDA”.
Na superfície, somos envoltos por camadas — as cascas do ego. São construídas ao longo da vida pelas crenças, expectativas, medos e traumas. Quando duas pessoas se conectam apenas por afinidades externas — gostos em comum, aparência, status ou o que a sociedade chama de “relacionamento ideal” — o que se une são essas cascas. E é aí que surgem os conflitos, as brigas, o desejo de mudar o outro para atender às próprias projeções.
Mas há algo mais profundo.
Quando uma alma reconhece a outra, há um convite silencioso para uma conexão verdadeira. No entanto, se apenas uma das partes está pronta — se apenas uma alma se entrega enquanto a outra ainda está dominada pelo ego — o desequilíbrio gera dor. O ego vive preso ao tempo: revive o passado, teme o futuro e distorce o presente. Já a alma habita o eterno agora. Ela não julga, não cobra, apenas sente e confia.
No plano espiritual, tudo está conectado. A alma sabe disso. E quem vive alinhado com sua alma aprende a praticar o amor incondicional — aquele que acolhe, compreende e aceita o que a vida traz, sem tentar controlar ou mudar o outro.
Mas quando duas almas se encontram e estão prontas, algo extraordinário acontece.
Há crescimento mútuo, parceria verdadeira e uma sensação indescritível de reencontro — como se, além das palavras e das formas, algo muito antigo estivesse sendo lembrado.
Uma conexão assim não acontece na superfície.
Ela acontece no invisível, onde as almas tocam o que há de mais sagrado uma na outra.