Vi este post no Facebook e decidi escrever um post para denunciar problemas relacionados à tendência do “FAST FASHION” cuja definição no Wikipedia é:
“Fast-Fashion (moda rápida) é o termo utilizado por grandes magazines para produção rápida e contínua de novidades, podendo gerar para essas grandes redes um aumento de faturamento. Um movimento importado de marcas da Europa, como a Zara, Benetton e a H&M, essas são exemplos de lojas que aderiram ao Fast-Fashion.”
O jornal Aftenposten norueguês levou 2 blogueiras e 1 blogueiro de moda para o Camboja para viverem o dia-a-dia dos trabalhadores que trabalham nas fábricas têxteis. Vejam o trailer do programa:
Assisti o primeiro episódio “«SWEATSHOP» ep. 5: – What kind of life is this?” e gostaria de convidar você para assistir pelo menos os primeiros minutos onde a blogueira Anniken Jorgensen comenta a conversa com uma jovem trabalhadora que fala que costura há 14 anos a mesma peça de roupa e cuja mãe morreu de fome…
Pesquisando um pouco mais, descobri que há vários movimentos contra este tipo de moda. No blog Coletivo Verde achei uma boa matéria:
“As fábricas destes grandes varejistas estão localizadas em países subdesenvolvidos como Cambodia, Bangladesh e Índia aonde é comum o trabalho análogo à escravidão infantil. É basicamente uma constante as pessoas que produzem estas peças tem péssimas condições de trabalho e salários baixíssimos.
Rana Plaza Collapse Documentary: The Deadly Cost of Fashion | Op-Docs | The New York Times
Neste post, Adriana Carranca propõe uma ótima reflexão:
Por que você deve pensar bem antes de comprar uma roupa irrealisticamente barata?
“Para atender ao que se tornou uma corrida global pela chamada “fast-fashion” (o fast-food da moda), marcas passaram a exigir a troca constante de novas coleções, os estoques são mantidos intencionalmente baixos para impulsionar as compras, e a rede de fornecedores têm de responder às últimas tendências, trocando a produção em questão de horas. Como resultado, as roupas estão mais baratas e perecíveis do que nunca, alimentando os ganhos da indústria de vestuário, de U$ 3 trilhões ao ano.”
Fonte: http://internacional.estadao.com.br/blogs/adriana-carranca/por-que-voce-deve-pensar-bem-antes-de-comprar-uma-roupa-irrealisticamente-barata/
Campanha por aumento salarial revela marcas que investem no Fast Fashion
Nesta campanha, achei interessante a logomarca das empresas que contratam as fábricas que exploram os trabalhadores.
#WeNeed177 Post the green logo to all brands sourcing from Cambodia demanding they raise the minimum wage to 177$
Trabalho escravo
“Quando fez uma compra pela internet, a advogada Sandra Miranda, de 48 anos, jamais imaginava o que aconteceria a seguir. Três meses depois de escolher as peças de roupa no site AliExpress, ela recebeu em casa um pacote lacrado, com a camisa que havia escolhido. Ao abrir a embalagem, um pedaço de papel caiu. Nele, encontrou um pedido desesperado de ajuda. “Eu (sou) escravo. Ajude-me”, diz, em inglês, o bilhete.” Fonte: http://jornaldebrasilia.com.br/noticias/cidades/582223/moradora-de-aguas-claras-recebe-bilhete-de-socorro-em-encomenda-de-site-chines/
O que você e eu podemos fazer?
Sempre critico o comportamento da maioria das pessoas em compartilhar e dar LIKE no Facebook e não tomar atitudes reais.
A ONG http://www.labourbehindthelabel.org atua em defesa dos trabalhadores da indústria têxtil.
Descobri no Linkedn uma empreendedora do Camboja que criou vários projetos, dentre eles a Snadai.org que é uma startup em fase inicial cujo objetivo é promover o comércio justo de produtos dos vilarejos do Camboja.
Vejam o perfil de Channe Suy Lan no Linkedin. Eu irei me conectar e ver como posso apoiar estes projetos.
Cada um deve decidir como ajudar a mudar esta realidade. Lembrando que no Brasil também temos casos parecidos com o problema das confecções que utilizam imigrantes bolivianos em condições de escravidão.
Eu decidi que vou procurar um desenvolvedor freelancer no Camboja como já faço com alguns na Índia. Acredito que podemos ajudar e também NOS AJUDAR, ou seja, comprando produtos através do comércio justo ou contratando pessoas destas regiões estaremos de certa forma fazendo a contribuição para fortalecer a economia local. Para mim, isso é a globalização de uma forma mais sustentável.
Referências:
- http://www.coletivoverde.com.br/o-impacto-da-fast-fashion-na-vida-de-milhoes-de-pessoas/
- https://pt.wikipedia.org/wiki/Fast_fashion
- http://www.teoriacriativa.com/slow-fashion-na-contramao-das-fast-fashion/
- http://www.labourbehindthelabel.org/
- http://pt.globalvoicesonline.org/2014/09/23/trabalhadores-industria-confeccao-camboja-hm-walmart-zara-salario-digno/
- https://www.epochtimes.com.br/uma-vez-a-fabrica-do-mundo-industria-textil-da-china-cada-vez-mais-desfavorecida/#.VMc9N_7F-So
- http://pedrothiagogeografia.blogspot.com.br/2013/04/exploracao-do-trabalho-escravo-infantil.html
- http://g1.globo.com/sao-paulo/noticia/2014/10/policia-resgata-bolivianos-em-condicao-de-escravidao-em-sp.html
Inadmissível que nos tempos de hoje com tanta informação e tecnologia etc, esse tipo de coisa continue a acontecer!! Lamentável, triste, desgostoso ao absurdo! Quero me manter informada a respeito de marcas que contribuem positivaente com o colaborador das indústrias têxteis e também com as que os exploram. Fazer escolhas conscientes!
Obrigada pela informação valiosa!
Olá Daniela,
Veja esta petição ONLINE contra a Benetton que não quer indenizar as vítimas do Rana Plaza.
https://secure.avaaz.org/po/benetton_pay_up_loc/?bUrwZab&v=53331
Assine com seu e-mail.
Abraços,
Marcio Okabe